Os 42,3 milhões de evangélicos do país formam um nicho enorme de potenciais consumidores, e tanto dinheiro sendo movimentado em nome da fé motivou a criação de um reality show nos moldes dos conceituados The Voice e American Idol, que ganharam adaptações brasileiras nas principais emissoras do país.
A versão cristã do programa de competição musical é o Gospel Singer, transmitido pela Rede Gospel de Televisão, emissora da Igreja Renascer em Cristo.
O mote do programa, segundo a jornalista Anna Virginia Balloussier, da Folha de S. Paulo, é descobrir o novo Thalles Roberto. O próprio cantor - que não quer ser mais chamado apenas de gospel - afirma que é natural que exista uma competição entre os músicos evangélicos: "Cada igreja tem um cantor, e cada cantor quer ser um grande cantor", explica.
Para a gerente da gravadora Universal Music Christian, Renata Cenízio, o segredo do sucesso no meio gospel é ser identificado como parte do rebanho: "O mercado busca quem tem relacionamento real com as igrejas, pois vem de lá o público", resume.
"A palavra é credibilidade. Qual igreja frequenta? É ativo nela? É boa mãe ou bom pai?", diz o cantor e pastor André Valadão, que atualmente integra o elenco da gravadora Som Livre, do Grupo Globo.
Para André Valadão, a mensagem se mantém intacta, mas a embalagem dos cantores já não se diferencia tanto dos artistas seculares: "É como música clássica, você não vê mulher cantando de maiô ou shortinho. Mas somos contemporâneos. Faço show de All Star e calça rasgada".
O reality show Gospel Singer teve 2.357 inscritos e a banda vencedora foi a Tempo de Adorar. "Tem pastor de igreja grande com artista que não consegue decolar. Aí não apoia quem está dando certo. O único que não tropeçou foi Jesus, né?", comentou Guilherme Bueno, vocalista da banda, em tom de queixa.
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